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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ser Feliz de Verdade.

O que é felicidade, afinal?
É acordar com um beijo e abrir os olhos com um singelo sorriso na boca.
Olhar para o vizinho e desejar bom dia.
Dar um abraço no primeiro estranho que encontrar na rua, desejando-o amor.
Felicidade é ter satisfação pela vida mesmo encontrando-se perdido em um labirinto de problemas.
Também é sentir amor por qualquer um. Um amor que não pede-se nada em troca. Dar-se sem esperar receber.Amar sem esperar ser amado.
Ser feliz é nao dar atenção a pequenas desavenças. Despir o mal humor do cotidiano. Ter a consciência limpa. Prestar mais atenção em algumas pequenas coisas, e esquecer das grandes.
Não se interessar pelo problema alheio, já que tens de sobra. Deixar de duvidar do amor. Apenas acreditar que ele existe e que está em algum lugar, ou em alguém. Entupir-se de chocolate sem se preocupar com as calorias. Viajar a noite e poder ver melhor as estrelas, já que as luzes da cidade ofuscam-as. Passar a tarde com quem se gosta, sem precisar conferir a hora. Ter alguém com quem compartilhar os segredos e planos. Para você, pode ser tudo isso, ou ser algo mais. Mas o que importa, é que quando sorrir-mos, não seja apenas com a boca. O ideal, é poder sorrir também com os olhos.

 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Viajante

Decidiu sair de casa. Não suportava mais o clima melancólico da morte de seu pai. Este que, em toda sua vida foi o único capaz de compreender seus problemas, seus receios e seus medos. O único homem a quem ela amou em sua monótona vida suburbana. As seis da manhã, pegou suas roupas, livros e um pouco do dinheiro que havia juntado. Deixou para trás sua mãe, suas irmãs e decidiu pegar o primeiro trem que passasse. Deixou apenas um bilhete dizendo que as amava muito, mas que precisava fazer isso.
Tudo o que ela desejava, era apagar de sua memória os últimos momentos que viveu em casa. Ela tinha medo de viver o novo, porém sabia que se continuasse em casa não sobreviveria.O trem chegou. Ela entrou, sentou-se ao fundo. O frio era intenso, suas mãos estavam geladas. Tudo o que queria naquele momento era se aquecer. Fez um desejo. Foi nesse momento que um rapaz de cabelos escuros e uma mochila de viajante sentou-se ao seu lado concentrado em seu livro de leitura. Ela ficou o observando e pareceu naquele momento que ela começava a viver algo novo. Ao perceber que ela o olhava discretamente, ele fechou o livro, olhou para ela e com uma voz doce e aveludada perguntou se ela precisava se aquecer. Ela suavemente balançou a cabeça fazendo que sim. A partir desse momento os dois começaram a conversar, se conheceram e falaram de onde vinham um para o outro. O viajante contou que não tinha um lugar certo para ir. Queria conhecer o mundo, desejava ir em todos os lugares que pudesse. Para conseguir dinheiro, ele tocava violão em praças, bares e nas ruas. A viajem foi longa, o frio fazia de suas mãos imóveis. Porém, isso já não importava mais pois a atração entre eles era inevitável.Ao descer do trem, não conseguiram se separar, decidiram ir juntos para algum lugar, começarem uma vida nova. E qual seria o problema disso. Eram dois jovens sonhadores, que queriam descobrir o mundo. Ambos tiveram tudo na vida. Uma família, uma casa.O amor da família. Isso era tudo. Mas nunca haviam experimentado o amor. Era isso, o que procuravam. E foi isso, o que encontraram um no outro. Uma nova paixão, um novo destino. Depois de uma vida que os dois viveram juntos, ela contou a ele o desejo que havia feito segundos antes dele aparecer ao seu lado naquele dia frio no trem. O seu desejo foi que aparecesse alguém que a guiasse em sua vida, pelos caminhos certos que ela deveria seguir. Foi ali naquele trem, naquela viajem que o seu grande amor surgiu.

Letícia Rodrigues

domingo, 3 de abril de 2011

Um Lugar


Eu vivo no mundo da incerteza.
Aqui tudo é confuso,
dispõe de vários caminhos a serem percorridos
mas faço as escolhas com certa firmeza.

Nesse mundo, nada pode ser deixado de lado
o futuro, depende do que foi escolhido no passado
todos os sonhos podem ser ser realizados
tudo que encoberto foi, será desvendado.

Caminham por aqui,
pessoas comuns sem nada valoroso
mas que tem procurado, uma razão
tem tentado não viver num mundo presunçoso.

Porém, eles sabem que tudo aqui será passageiro.
Um mundo melhor chegará, pessoas boas se encontrarão
de um modo ou de outro terão algo de valor
E assim eternamente viverão.


quinta-feira, 3 de março de 2011

Em minha homenagem

Devaneio de uma caloura

Uma conversa me inspirou
Um forno no título
Foi o que ela achou
Não é que até encaixou?!
E minha madrugada (vazia)
Com essa piada Ela alegrou

Ela bem que tentou
Alguma coisa mudar
Mas depois de escrito
Não há como apagar
E neste arquivo fica o registro
Deste momento
Cômico que hoje vivo

                                   
                                           Meu veterano, http://rabiscandomemorias.blogspot.com/

Sem explicação.

A angústia,

Me abate e me arrebenta
Como se meu coração fosse arracando
Como se um pedaço me fosse tirado.

Esse sentimento,

Traidor! Que quando menos espero, me joga para o chão
E aquela tristeza, me impede de levantar
E eu continuo aqui, chorando em vão.

Letícia Rodrigues

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Um alguém


Sentado no canto do seu quarto escuro e vazio, não sentia nada. Não sentia fome, nem frio.
Só se punha a pensar. Seu corpo era como se flutuasse no vazio do quarto, da casa. Tentava lembrar o último dia que se sentiu feliz, tentava esquecer as críticas, os desapontamentos, as ilusões que não saíam da cabeça. Acreditava que entre as ruas desertas de sua cidade, estava de passagem, como um mero viajante. Mil coisas boiavam nesse mar de incertezas.
Procurava entender o que ele tinha de errado, ou extraordinário talvez. Mas levava mais para o seu lado obscuro. Onde só se via sendo testado todos os dias. Tentava procurar em alguém, um alguém. Um sentimento alegre. Por mais que sentisse orgulho de si mesmo, tinha sempre, todos os dias, grudado em sua cabeça, o fato de que não era bom o bastante para as pessoas a quem ele mais amava.  Sentia que suas noites vinham de lugar nenhum e seus dias passavam sem rumo, indo para lugar algum. O que mais desejava era ser melhor, porque para ele mesmo, ele era o pior.
Pensou e pensou, virou a noite. O dia clareou. Um raio de sol invadiu sua janela. Nessa hora, todas as respostas vieram a sua cabeça. Percebeu que dentro de seu corpo e sua mente, passavam-se dias chuvosos e que esses dias atrapalhavam o sol chegar. Então ele decidiu que para ser bom para alguém, deveria ser o melhor para si próprio. Desde então, sua mente e seu corpo vivem dias de verão, e o sol agora não se põe nunca.

Letícia Rodrigues

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Relógio Humano

Dizem os sábios, que quanto mais nós vivemos, mais aprendemos, mais amadurecemos, e mais somos sábios. Isso é verdade.

E aqui vai um pouco do muito que eu tenho pensado nesses últimos dias:
O que temos esperado? Pelo o que, ou por quem temos esperado?
Muitas pessoas vivem suas vidas em funções diárias de praticidade. Procuram buscar no emprego ou na família, um meio mais rápido para se resolver todos os problemas. Quanto mais o tempo passa, nosso dia a dia fica mais corrido, o tempo passa como se uma hora fosse a última hora do dia. Pensando sobre isso, cheguei á conclusão: Por que temos que viver e agir dessa maneira? Por que temos tão pouco tempo?
Será que vivemos á espera de algum tempo a mais no dia ? Será que esperamos uma aceitação? Um pedido? Uma forma de trazer mais prática e menos perda de tempo na vida? Uma mudança? Uma surpresa?
Muita espera, muita perda de tempo, e menos realizações.
Acredito que nós não devíamos esperar por tanto, pois mal sabemos nos controlar, controlar nosso tempo.
Mas sei de uma coisa, que todos devíamos tentar, dar mais importância.
Devíamos perceber que a vida não é feita de dinheiro, de conforto, de praticidade. A vida está nas pequenas coisas, nos pequenos gestos de amor, confiança, amizade. A vida está naquele casal de velhinhos sentados na praça, que depois de tantos anos juntos, ainda se amam, se acariciam, se beijam. Talvez esteja também, naquela pessoa que sempre te ajudou, e agora que ela precisa de você, você não tem tempo de ajudá-la, ou até mesmo, naquela pessoa que você pensa ser um nada, um dia você verá como ela é, e vai vê-la  de outra forma.
O que eu espero, é uma mudança. Não só em mim, mas na sociedade, que tem se desvalorizado,deixando de lado seus desejos, suas afeições, suas qualidades, tudo pela falta do tempo, e a busca pela forma mais fácil de se fazer qualquer coisa.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Nostalgia

Aqui estão pequenas lembranças, de um tempo que não voltará mais.
Acordar cedo e ir para a escola de tênis bamba, carregando a merendeira, chegar na escola, fazer rabiscos com giz de cera e a professora achar lindo. Chegar em casa, ver Castelo Ra Tim Bum, Xuxa, Thundercats, Família Dinossauro,TV Colosso, Disney Crouje. Em seguida,brincar um pouco com seus brinquedos: Barbie, Tamaguchi, Pula Pirata, Tazo Mania, Vaivem, Lego, iô-iô, Playmobil, Atari, Fofão.
Nessa época, as crianças brincavam, se divertiam, eram crianças de verdade. Diferentemente das crianças de hoje, que querem ser adultas, procurando adiantar a melhor época de suas vidas. Acredito que nós, crianças dos anos 80 ou 90 éramos sim,  muito felizes. Não tínhamos preocupação com o dia de amanhã, tampouco se a roupa que vestíamos estava na moda "Restart". Nossas únicas preocupações eram: qual seria a próxima brincadeira, ou qual figurinha falta para completar meu álbum.
Pudera eu ter realmente uma máquina como no filme De volta para o Futuro. Entretanto, gostaria que ela me levasse até o passado, onde eu pudesse ser criança novamente, brincar, dormir no colo da minha mãe...
Como as coisas são engraçadas, enquanto se é criança o maior desejo é se tornar adulto, agora, consideramos a nossa infância a melhor parte de nossas vidas. A vida é assim. Quando somos felizes, nunca estamos satisfeitos, então quando perdemos valorizamos tudo muito mais.
Então, aqui fica um pouco do que eu gostaria de lembrar. Espero que todos possamos guardar com muito carinho essas imagens, e que um dia possamos passar isto para nossos filhos.
São tantas lembranças, e todas me deixam com saudade, que até me permito viver nesta nostalgia.

Letícia Rodrigues

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Destino


O mundo nos dias de hoje, está muito confuso para mim.Acredito  que não só para mim, mas também para muitas pessoas. Nós não temos mais uma base certa, um solo seguro para caminhar e construir nossa história. Acredito  que isso esteja acontecendo, por tantas coisas já terem acontecido, em tantos anos de existência do mundo.
Ao andar pela rua, no carro, a pé, de bicicleta, o jeito que for. Vejo pessoas por toda parte. Confesso que tento ler seus pensamentos, tento adivinhar para que elas vivem, em que elas pensam, para onde estão indo ou de onde vieram. Tento adivinhar qual é o tesouro de suas vidas. São pessoas que passam pela minha frente, e depois de alguns minutos, desaparecem na minha memória.
Vejo-me tentando entender, por que não podemos dizer oi, conversar, contar nossos problemas, falar das nossas vidas. Ás vezes, vejo alguém passando ao meu lado, tão estressado com a vida, com seu cotidiano, que não tem nem tempo de olhar para o lado e ver tantas coisas boas. Paro para pensar, que todos nós estamos aqui pelo mesmo motivo, somos todos ao mesmo tempo tão iguais e tão diferentes, achamos que somos tão fortes quando somos tão fracos, quando vemos o tamanho do mundo, do universo em que vivemos. Percebemos que não somos nada comparados a ele.
Então me pergunto, se existe outra razão. Se existe realmente um destino ou se nossa vida aqui é passageira. Tento imaginar o que acontece após a morte. De tudo que eu vivi, de tudo que já presenciei ou apenas vi. Não sei se acredito, não sei mais em que pensar, ou argumentar. 
Portanto, sobre todas essas coisas, sobre todos os meus desejos, dúvidas e marcas que ficaram em minha vida, eu só tenho certeza de uma: Deus. Ele é a razão de tudo, é a razão de ainda existirmos.


Letícia de Freitas Rodrigues